Por: Chrys Chrystello
Dedicada a Concha Rousia
Para ti não há música nem dança
apenas as artes marciais
guerrilheira de montes e vales
urdidora de emboscadas
sob a copa das amplas árvores
brandes teu gládio de palavras suaves
não usas as falas do inimigo
vingas a dor de seres galega.
A montanha que herdaste sozinha
prenhada de mar na ilha dos nossos
o povo desaparecido da Rousia aldeia
esse recanto insuspeito ao virar da raia
onde fui a férias em 2005 sem te saber
eu que nasci galego do sul
sendo galego de Cela-Nova
apartado de meus irmãos e irmãs
séculos de história ao desbarato
distavam mares que nunca navegámos
montes que nunca escalámos
estrelas que jamais enxergámos
até um dia em que surgiste
vestias azul e branco orlada a ouro
estandarte do nosso reino
ciciavas liberdades por atingir
sonhos por realizar
brandias a tua utopia
numa mesma lusofonia.
Nem sempre uma pessoa tem a fortuna de que um texto como este seja tecido para ela, com as suas medidas, para caber o seu ser, real e sonhado, dentro do poema... Por isso, e por muito mais, o poeta Chrys, sempre será meu irmão... Para ele o meu melhor abraço e outro para o Barbosa e Ro, amigos poetas queridos, por divulgarem este texto.
ResponderEliminarConcha
Com todo o carinho, minha cara.
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